sexta-feira, novembro 24, 2006

A pedidos

"De Crasheris" iniciando uma de suas crises. Comentário do já citado Mike Lawrence: "Not a pretty sight to see". Indeed!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Andrea, o doido

E-mail do Mike Lawrence, veterano jornalista automobilístico, respondendo a uma observação que eu fiz sobre o número de porradas que o ex-piloto e eterno maluco Andrea de Cesaris deu:

Dear Carlos

Hi!

I remember a mechanic at McLaren trying to explain to Nigel Roebuck how it felt. He said, "Imagine you have just written an article. You have worked on it, giving your best, and then someone comes along and shreds it, and you have not made a copy. That is how we feel about de Cesaris."

I had supper with him a couple of times and every so often he would go into some sort of fit and his eyes rolled up so his pupils where somewhere in his skull. You saw the whites of his eyes and that was it. White globes in a skull, like something you get in a movie. The bits of the eye which record vision were in his cranium.

All he was doing was eating in a decent restaurant in Italy and Lancia was picking up the bill. His eyes rolled at any time. He was not being interviewed, he was eating supper. The hacks at the table were all Brits, but we were not even talking about motor racing and, besides, there was Eddie Cheever and Riccardo Patrese to talk to.

At the time, there were senior people in motor racing who were amazed that de Cesaris had even a basic driving licence. The eyeball rolling occurred every 10-15 minutes. I think you have answered anyway: Daddy's money.

You keep better count than me, but we can agree on one thing: Andrea de Cesaris made the case for carbon composites.

I wonder what occupation he might have pursued without the money and an ability to drive fast when the eyes were seeing. I am not convinced that he was employable in many areas. You would not want to give him charge of a large truck, for example.

Let me say again, he must have been completely blind when the eyes went walkabout. The story was that it did not happen when he was racing. I saw Stefan Johansson in the pitlane at Thruxton (F3 days) having to be restrained from using one of de Cesaris's limbs as a baseball bat. De Cesaris broke down in tears.

There is a tragic side to the man, though with all that money behind him, maybe it should not be 'tragic; but 'slightly disadvantaged' plus 'under some circumstances'.

Thank you for taking the trouble to write, it is appreciated.

My best

Mike


Em seguida, em outra resposta, complementou:

I speak only for myself, but I think that nobody wants to see those eyeballs. I have not even seen those eyeballs in a horror movie. People will believe aliens arriving in Chevy hubcaps before they will believe that the eyes of an F1 driver (once set pole) used to do that.

The big problem is how you explain this to F1 fans 25 years on.

O passado condena

Eu já tinha ouvido falar do passado negro do pai de Max Mosley, presidente da FIA. Que era simpatizante nazista e tudo.

Pois bem, no diário do meu avô, que estava em Londres quando a 2ª Grande Guerra estourou, tem um trecho em que ele vê na rua um comício do indigitado Mosley Sr. e seus camisas verdes, afirmando que era uma "guerra para ajudar aos judeus". E parece que havia bastante gente que concordava.

Meu avô, que era de guardar tudo, manteve os reveladores folhetos aqui reproduzidos por toda a vida. Agora fazem parte do acervo que um dia vai virar alguma publicação pelas mãos da minha tia. O diário é fantástico!

segunda-feira, novembro 20, 2006

O horror!

Ontem teve Stock Car no Rio. Quase um ano sem corridas e o que sobrou e foi usado foi um circuito que eu batizei de Nelson-Fittipaldi (parte do misto Nelson Piquet e parte do oval Emerson Fittipaldi). É pra chorar, não?

sábado, novembro 18, 2006

Paz na F1

Parece que as previsões apocalípticas da extinção da F1 em 2008 não vão se realizar. Construtores e FIA chegaram a um acordo. OK, mas pelas declarações do dirigente máximo da FIA, Max Mosley, parece que teremos a seguinte configuração para a categoria no futuro:

Carros com motores 1.0, turbo comprimidos e movidos a óleo de mamona, suco de clorofila ou açaí, em 20 corridas por ano, disputadas em lugares tradicionais do automobilismo, como India, Camboja, El Salvador, Barbuda e Eritréia.

Interessantíssimo!

domingo, novembro 12, 2006

Limpando as gavetas - capítulo I (errata e complementos)

Graças aos meus dois leitores e de um espasmo de alguns neurônios adormecidos, mais mais uma coisa foi encontrada bem lá no fundo da primeira gaveta. Mas antes quero deixar claro que o cachorro Boy era, sim, um legítimo fox terrier de vida boêmia. Metade dos cachorros de Botafogo deve ser descendente dele.

O "anônimo de Cuiabá" lembrou da Sears. Claro!!! Eu vivia lá. Foi lá que comprei meu álbum duplo do The Who, depois de um dilema que solucionei graças ao saudoso Roninho. Além dos discos, minha fissura era na torta de maçã. Mas esse negócio de trenzinho e "bola vermelha" não deve ser do meu tempo.

Por último, uma nota meio sinistra: o anteriormente mencionado Horácio, o maluco desbocado que há 40 anos empestiava a Rua São Clemente, ponto de referência dos moradores do bairro e até mesmo escolhido como paraninfo de turma do Santo Inácio, desapareceu depois de internado num hospital. Provavelmente morreu. Quando eu o conheci era magro como um palito, mas recentemente estava feito um balão. Nem sei como sobreviveu tanto tempo nas ruas.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Mãe Dinah Orkut

"Seu grande sonho é constituir família".

Outra?!?

Se liga, merrrmão!

Como já não bastasse o mundo publicitário pensar que todos os brasileiros vivem em São Paulo, de uns tempos pra cá, além de termos como quareinnnta, peirna, balada e mêo, os nossos "publicitutos" (como dizia meu pai, um deles) deram de fazer campanhas "nacionais" de produtos só disponíveis aos paulistanos.

Pois vejam: na Copa do Mundo, um dos patrocinadores que martelaram nossos ouvidos foi o Speedy (spidifique, argh!). Mas, catzo! Ôrra, mêo! Essa porcaria não tem aqui, então pra que gastar milhões anunciando um produto que milhões não têm possibilidade de comprar?!

Agora, como se não bastassem as piadas que só conseguem emplacar naquela estranha cidade, os anúncios de cerveja adotaram a estratégia idiota da Telefônica. Estão fazendo uma pesquisa com os consumidores: qual o melhor acepipe servido nos bares de... São Paulo!!! E isso bancado pela Bohemia, cerveja com raízes em Petrópolis e conspurcada no seu sabor desde que foi engolida pelas cervejonas. Era melhor quando eles apelavam pra mulher boazuda.

Eu não agüêinnnto!

Mexericos da Candinha

Sempre me intrigou a semelhança entre o príncipe Harry e o amante da mãe dele. Não é possível que não intrigue a mais ninguém. Confiram.

terça-feira, novembro 07, 2006

Love ain't for keeping

Layin' on my back
In the newly mown grass
Rain is coming down
But I know the clouds will pass
You bring me tea
Say "the babe's a-sleepin'"
Lay down beside me
Love ain't for keeping

domingo, novembro 05, 2006

Limpando as gavetas - capítulo I

Vamos à primeira "gaveta":

. O "Parque do Lalá", como minha mãe chamava o parquinho dos jardins do Palácio Guanabara. Lalá porque o "dono" do palácio era o governador Lacerda.
. A casa da tia Ana, amiga da minha mãe. Parecia um castelo na Rua Barão de Itambi, onde nasci. Um palacete já meio deteriorado, que deve ter tido seus tempos de glória. Tinha uma sala que parecia a de um conselho de chefes, com "tronos" de madeira escura encostados nas paredes, tinha torre e corredores escuros e chão que rangia. Dava para andar de lambreta (de pedal) e era perfeito para mil brincadeiras.
. A vista que se tinha da janela em frente à prancheta do meu pai. Podia-se ver a Enseada de Botafogo.
. O Externato (depois Colégio) São Marcos e a "Tia Saúcha", a dona da escola que convidava todo ano a garotada para uma tarde com piscina e sorvete na casa dela na Guilhermina Guinle, em frente a onde moro hoje.
. A Esquadrilha da Fumaça em Copacabana, os exercícios de bombardeio em frente à praia que chacoalhavam e quebravam as vidraças.
. O Gordini do velho.
. O Bazar Fernandes, onde eu comprava botões e kits da Revell.
. O pique bandeira, o garrafão, amarelinha e o futebol na Vila George, na São Clemente.
. A Vila George, entrar na casa dos amigos pela porta dos fundos aberta e ir acordar os dorminhocos para jogar bola, o vira-latas Boy, o Seu Abel que ameaçava furar a bola dos meninos "sem educação", o trenzinho do seu Afonso, Dr. Euclides socorrendo meu irmão caçula quando meus pais saíram à noite, os jogos na casa do Peninha e do Belí, o pessoal tocando e ouvindo rock na casa do Fabinho, Seu Peninha jogando bala da janela, Seu René (o único "coroa" flamenguista da vila), os doces da Dona Maria, o papagaio da Dona Marina e a escolinha de artes da Tia Regina da casa 22.
. O armazém infecto do Seu Tavares, o maluco Horácio dizendo palavrões e fedendo, o Zé sorveteiro e a carrocinha com paralamas, leite e pão entregues na porta e o "pinguilim".
. Estribo do Fusca do Tio Chico.
. Dia de corrida no autódromo antigo de Jacarepaguá. A "viagem" que parecia que nos levava ao outro lado do mundo, os Simcas e DKWs fazendo um barulho incrível, Emerson na Fórmula-V, o carro caindo no lago, Moco vencendo e a sensacional Lola verde.
. O playground que a gente chamava de "casa maluca" no Parque do Flamengo.
. O Parque Laje, com mato, cavernas, lagos podres e brinquedos.
. Piqueniques no Parque da Cidade.
. O I Esrahan (I Esquadrão de Ratos de Hangar), reunião dos amigos do meu pai na casa do Tio Chico na cobertura gigantesca da Fernando Mendes para conversar sobre aviões. Além das histórias, tinha também os carrinhos do filho dele, o Eduardo, e uns "caras" que às vezes se reuniam por lá também para tocar música. Tipo Menescal, Nara e esse pessoal aí. Não dava a mínima.
. As festas na Base Aérea de Santa Cruz com aviões fazendo acrobacias e simulando ataques.
. Os passeios com o vovô Myles. Subir o Corcovado, o Pico da Tijuca, coisas assim.
. A Feira da Providência na Lagoa.
. A Exposição anual no Pavilhão de São Cristóvão.
. A praia na frente da casa da Tia Carla.
. As festas do Paulinho no Monte Líbano.
. As festas lá de casa, com cineminha no "larguinho" da vila, com Pica-Pau e Tom & Jerry.
. Cinema Pax no domingo de manhã para ver Tom & Jerry.
. Drive In da Lagoa, onde um dia entramos escondidos no bagageiro da Vemaguete da Dona Yolanda.
. Sorvete do Zero, cachorro quente mexicano e gato frio do Rick's e milho no Bar Bem.
. "Drive In de Pobre", que meu pai inventou: ir de carro para a Vieira Souto comer na carrocinha de Geneal em frente ao mar.
. A oficina da Equipe Brahma, onde eu brincava nos carros de corrida que meu pai pintou.
. Ficar nas pedras em frente à cabeceira do aeroporto vendo os aviões passarem acima das nossas cabeças. Um dia foram 30 aviões de uma vez, porque ficaram em fila na pista esperando a neblina baixar. Havia também os velhos DC-3 e Curtiss Commando abandonados próximo à entrada da Escola Naval, onde brincávamos de piloto de avião.
. Passar a tarde na McCann-Erickson "trabalhando" com meu pai.
. A programação matinal da TV, antes da escola, com National Kid e Speed Racer.
. O clubinho no sótão da minha casa, onde enfiamos um monte de tralhas.

Limpando as gavetas - prólogo

Não sou saudosista. Não fico suspirando pelos cantos pensando em "como era bom aquele tempo...", seja a definição de "aquele tempo" a infância, a escola, ou a turma da praia. "Naquela época é que era bom". Eu tomo o maior cuidado para evitar essa frase, mas de vez em quando vem alguém e publica uma lista de coisas das quais sente falta, sempre confundindo épocas, misturando referências.

Eu resolvi fazer uma coisa diferente. Muitas das coisas ou pessoas que me trazem lembranças não fazem necessariamente falta. São apenas lembranças. Então, apenas pelo registro histórico, vou tentar listar coisas que me lembram de outras coisas, gente, que me lembra de momentos e momentos que me lembram da minha história. Vou tentar fazer isso de forma, por assim dizer, cronológica, dividida por fases da vida, a começar pelas mais antigas (que são as que estão em maior risco de extinção na minha memória).

sexta-feira, novembro 03, 2006

Eu sou até legal, gente!

Hitler chegou ao poder com pouco menos de 44 anos, minha idade atual. Se até agora não fiz nada que possa se definir como hediondo (tirando uma ou outra tentativa de cantar ou fazer embaixadinha), acho que eu não devo ser alguém tão mau assim.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Projeto Escape From Planet Lula®

Primeira fase - sondagem da rota de fuga: concluída

Segunda fase - definição de esconderijo: 80% concluída

Terceira fase - aquisição de ferramentas: em implantação